quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Pensei que fosse nunca...


Um dia pensei que fosse nunca,
e o nunca fosse tão pouco,
mas esse tão pouco era bastante
e durou eternamente.
O eternamente não era nada,
e findou numa madrugada,
mas a madrugada que era muito
para a acabar em uma só noite,
continuou durante o dia, dia esse que nem começara.
Esse dia que passara, antes dessa madrugada,
foi o dia que pensei;
pensei que não fosse nada,
pois o nada que era o nunca,
que se fosse era tão pouco,
e durou eternamente,
e findou na madrugada;
esse dia não existira.
Mas quem sabe fosse noite,
numa lua encantada,
e durante a madrugada,
eu pensava que era dia,
e o dia fosse o nunca,
e o nunca fosse tão pouco,
e o tão pouco fosse o bastante para ser somente nada;
e por ser nada nunca acaba,
e se não acaba é eterno,
e por ser o eterno de um nada;
nada foi até o infinito
E o infinito de um nada acaba no inicio, de um dia
que eu pensei que talvez não fosse nunca.
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